“É preciso levar em conta a penosidade”: CGT exige aumento salarial para os vindimadores

"Não é surpresa que estejamos com dificuldades para encontrar trabalhadores nos vinhedos com esse nível de remuneração", afirma André Hermélé, secretário-geral da CGT no Baixo Reno. A seção agroalimentar do sindicato 67 exige "um aumento salarial para os cortadores e carregadores que atualmente colhem uvas nos vinhedos da Alsácia".

Com a colheita começando tão cedo quanto o esperado, as vinícolas tiveram que se adaptar e recrutar colhedores com urgência. "Os viticultores estão com dificuldades para atrair colhedores porque muitos ainda estão de férias, mas também por causa dos baixos salários", diz o representante do sindicato.

Enquanto o salário atual é de 11,88 euros brutos por hora para cortadores e 12,14 euros para carregadores, o CGT 67 está exigindo uma reavaliação para 17,25 euros brutos por hora para cortadores e 19,15 euros para carregadores.

"A remuneração deve levar em conta a natureza árdua deste trabalho. A vindima representa um esforço físico significativo. Os funcionários trabalham cedo e, às vezes, em plena onda de calor", explica André Hermélé.

Por sua vez, o Sindicato Independente dos Viticultores da Alsácia respondeu que "os preços são fixados pela Convenção Coletiva Agrícola Nacional. Além disso, um aumento salarial representaria um aumento de custos muito significativo para os viticultores".

Ele acrescentou: "Uma colheita manual custa 1.700 euros por hectare. Se aumentarmos os salários dos colhedores, esse valor subirá para 2.000-2.300 euros por hectare."

Enquanto aguardam o fim da colheita de uvas, prevista para o final de setembro na Alsácia, há poucas chances de que as duas partes diluam o vinho e cheguem a um acordo tomando uma boa taça.